Peckson: Retrofit + sustentabilidade

A prática do retrofit veio da Europa, e a ideia é revitalizar edifícios antigos, utilizando materiais modernos, atualizando os patrimônios históricos das cidades. Não é reconstruir apenas, é acima de tudo renovar antiguidades, incluindo áreas urbanas como praças e ruas.

As grandes metrópoles estão interrompendo seu processo de expansão fora, e começando a crescer por dentro, ocupando seus vazios urbanos e seus centros normalmente degradados. Neste caso, o retrofit está dentro da tendência mundial de encolhimento do espaço urbano das grandes cidades.

A Peckson teve o desafio de “retrofitar” (já se tornou verbo para os amantes da prática) este imóvel localizado no centro da cidade do Rio de Janeiro. O resultado foi um excelente empreendimento residencial nascido de mais um casarão antigo na Lapa, bairro boêmio e ultimamente muito procurado por quem trabalha na região e mora longe.

 

 

 

 

Com o crescimento populacional na cidade do Rio de Janeiro, e com grandes eventos que aconteceram como a Copa do Mundo e as Olimpíadas que virá em 2016, o mercado imobiliário se expandiu e consequentemente terrenos na zona sul ficaram escassos, com isso os valores passaram a ser muito superiores, fazendo com que o retrofit em imóveis na zona sul e no centro se tornassem atraentes.

A ideia de “retrofitar” prédios antigos no centro da cidade é válida e usada de forma inteligente, uma vez que na área central do Rio circulam diariamente cerca de um milhão de pessoas que demoram 2h para chegar ao local de trabalho. Ou seja, morar no centro da cidade se tornou uma opção barata em relação à zona sul, e consequentemente próxima do trabalho.

E foi pensando na praticidade, no novo e na sustentabilidade, que a arquiteta e urbanista Julia Abreu, líder da Peckson, teve a ideia de renovar oito casarões históricos no centro da cidade do Rio e transforma-los em ambientes familiares com lofts e apartamentos.

O escolhido da arquiteta para transformar o “velho no novo” foi na rua Santa Cristina na Glória, próximo a Santa Tereza. A ideia que já está em andamento é fazer lofts com lavanderia comunitária para os moradores, o que é muito comum em países europeus.

 

 

Em relação à sustentabilidade, o retrofit encontra-se em um patamar mais econômico e mais sustentável. Para a arquiteta, inovar o velho é mais sustentável do que construir o novo. Ao utilizar o que já existe, não tem necessidade de expandir a malha urbana, e com isso melhora a qualidade de vida da população.